sexta-feira, 26 de abril de 2024

Uma fotografia, de vez em quando... (182)

 

Alemã, de origem judia, Ilse Bing (1899-1998) fez a sua formação em Frankfurt, mas em 1930 veio a fixar-se em Paris, onde se dedicou, como freelancer, ao fotojornalismo e à fotografia de moda. Para evitar a perseguição do nazismo, viria a partir para os E. U. A., em 1941.




A partir de 1957 abandonou a fotografia a preto e branco, que constitui, quanto a mim, o melhor da sua obra, para se dedicar inteiramente à fotografia a cores.



quinta-feira, 25 de abril de 2024

Apontamento 166: 25 de Abril – Vivências

 

[cfr. https://restosdecoleccao.blogspot.com/search?q=Transportadora+Belo]

Passados 50 anos, todos sabemos que a memória já não é o que era. Sucede, no entanto, que permanecem registos inapagáveis, embora de precisão temporal e local algo diluídos.

Mesmo assim, resolvi registar, para memória futura, o que ainda se acumula na memória, visual e afectiva, de aprendizagem única e determinante.

Com efeito, assim foi o meu 25 de Abril.

Saí, pouco depois das 7 da manhã, da casa de residência em Cacilhas, transformada maioritariamente em república estudantil, para ir para o meu trabalho de administrativa numa fábrica situada no Casal do Marco. Utilizava as camionetas Belo, em imagem, para acordar no caminho, sonolenta, das noitadas de conversas e convívios.

Julgo não estranhei, à partida, a ausência de qualquer passageiro habitual, porque também não tinha grande familiaridade com os utilizadores da camioneta. Achei estranho o facto de o motorista estar muito atento ao que estava a ser transmitido na sua telefonia, matéria que, no meu estado meio ensonado, me passou ao lado. Ficou-me a lembrança de ter feito a viagem com poucos passageiros, contrariamente ao habitual.

Depois de sair da camioneta, seguindo a pé para a fábrica, o caminho também me pareceu pouco frequentado.

Junto da entrada da fábrica comunicarem-me que não podia entrar, devia recolher a casa porque estava em curso “não sei o quê”.

Preocupada com os meus companheiros que deixara a dormitar na “residência estudantil”, tentei voltar o mais depressa possível a casa. Felizmente, as camionetas Belo ainda funcionavam regularmente.

Ao voltar a entrar em casa, já havia quem se tinha apercebido, embora vagamente, do que se estava a passar em Lisboa.

Como seria para passar de barco, de Cacilhas para Lisboa ? Haveria barcos ?

A partir deste momento, da nossa deslocação da margem Sul para o centro dos acontecimentos em Lisboa, a cronologia já não acerta. Baralham-se as imagens, embora haja, por enquanto, registo de memória dos locais percorridos.

Lembro-me perfeitamente, da mole humana e do ambiente no Largo do Carmo. Antes ou depois, guardei imagens de uns soldados da GNR, com arma na mão e semblante assustadiço, nas escadas de acesso para os comboios da estação do Rossio.

Ainda em pleno dia, como diz a seguinte notícia:

“Uma primeira manifestação tinha avançado pela rua António Maria Cardoso, provocando os primeiros disparos e os primeiros feridos, por volta das 13h30.” – Esquerda NET

recordo-me de fixar, para o resto da minha vida, uma Travessa dos Teatros, ao Chiado, pelo facto de alguém me ter empurrado, caindo nestas escadas, para não ser atingida.


Actualmente, julgo saber o lugar exacto, na imagem acima, de onde vieram os primeiros disparos.

Não me lembro de todo o que se comeu, onde e quando nestes primeiros dias fora de casa.

Vínhamos para casa apenas para dormir e tratar das necessidades básicas e de higiene.

Da altura, e ainda como forasteira voluntária, fica o meu testemunho de uma experiência ímpar, de rara dádiva humana, social, cultural, política e afectiva.

No final de contas, seria imperdoável não registar as mudanças de vivência e as alterações no relacionamento pessoal que se operaram após o 25 de Abril. A aparente abertura com laivos de opções progressistas nas relações pessoais cedo deu lugar a outros encontros, passando de ideais revolucionários a trilhos tradicionais de “casa e pucarinho”.

Sinais do tempo.

Consequentemente, se o pós-25 de Abril provocou, primeiro, a perda do poiso na residência habitual e, de seguida, o despedimento de um emprego seguro, surgiram as dificuldades próprias da altura. Abalos e consequências, certamente, na convicção, julgada inabalável, de uma opção democrática, nem sempre bem fundamentada, de quem se tentava situar na margem esquerda do mundo democrático.

Em todo o caso, foram essas circunstâncias que contribuíram para uma opção de vida que desejava, baseada numa formação sólida, intelectual, com enriquecimento pessoal, político e afectivo que, passados estes 50 anos, me merece o maior agradecimento ao país que me acolheu e, designadamente, ao apoio dos que me são mais próximos.

Fica o eterno abraço a todos os amigos que encontrei e que me ajudaram, assim como os familiares que me têm enriquecido a vida todos os dias.

 Post de HMJ

quarta-feira, 24 de abril de 2024

Marcadores 31

 


Nem de propósito e na véspera dos 50 anos sobre a passagem do grande dia da Democracia portuguesa, chegou-nos de uma boa Amiga um conjunto temático de marcadores com motivos alusivos ao 25 de Abril.
Com alguma dificuldade, fiz uma escolha de apenas alguns que mais me diziam para pôr em imagem.
Um bem haja à gentil Amiga, que se lembrou de nós e da efeméride a celebrar amanhã.





Citações CDLXXXVIII

 


A História é a filosofia ensinada através de exemplos.

Dionísio de Halicarnasso, in Antiguidades de Roma.


terça-feira, 23 de abril de 2024

Interlúdio 99


Multifacetada, esta mulher etíope que, depois de professar, adoptou o longo nome de Emahoy Tsegué-Maryam Gèbru (1923-2023), chegou a pertencer à orquestra privada do imperador Hailé Selassié. Tendo tido uma educação e formação europeias, falava diversas línguas e tocava vários instrumentos musicais, com maior incidência: piano e violino. Além de cantar e compor. 
Fixou-se, depois, como freira, num mosteiro de Jerusalém, onde veio a falecer com 99 anos de idade.

com agradecimentos a ms, pela lembrança.

segunda-feira, 22 de abril de 2024

Incomodidades


A iconografia tem sido importante aqui no Arpose ao longo destes 15 anos de exercício, para mim, e nos mais de uma dezena de milhar de postes registados. Na sua elaboração também se têm vencido muitas contrariedades, algumas pela persistência habilidosa de HJM, outras por simples acaso ou sorte minha. É provável que alguns dos problemas surgidos se devam à minha inoperância ou falta de conhecimentos tecnológicos, mas outros dos obstáculos estou certo que são provocados pelo Google e outras eminências monopolistas marcanas que, muitas das vezes, em vez de facilitar as operações, ao fazer alterações fúteis ou inúteis, só dificultam as tarefas do blogue aos utentes...
Desta vez, recente, a inserção de imagens, nos postes que faço, deixou de funcionar, informando sistemáticamente : "Falha no upload // Servidor rejeitado". Só consigo acrescentar iconografia com a ajuda trabalhosa de HMJ. E nem sempre. Por isso é provável que, para de futuro, o Arpose só muito esporadicamente venha a ter iconografia a acompanhar os textos. Aqui fica o aviso.

domingo, 21 de abril de 2024

Ponto de situação



5 - Assim vão as amaryllis. - 5 

sábado, 20 de abril de 2024

Rubin Goldmark (1872-1936)

Desabafo (87)


 
Há por aí uma poetisa gorda sexagenária, e com falta de vista, que nunca deveria ter deixado de colaborar no Almanaque de Santa Zita. Perdeu-se assim uma bonita vocação de servir...

sexta-feira, 19 de abril de 2024

Versão de um poema de Roberto Juarroz (1925-1995)


 
112

Talvez nos pudéssemos fixar
para sempre sobre um pensamento.

E até pode ser que a eternidade consista
em nos concentrarmos, sem mais nada à volta,
nesse pensamento mais denso
como se lá ficasse como uma planta desperta
colonizando para sempre o seu minúsculo espaço.

Morrer não seria senão nada
mais que um último esforço de atenção,
o abandono total de todos os outros pensamentos.


(Poesía Vertical, IV, 26)

quinta-feira, 18 de abril de 2024

Apontamento 165: Infelizmente, assim vai o mundo

 

O poste vai sem imagem, porque me recuso a fazer publicidade a uma publicação que não conheço, mas cuja matéria me parece extremamente duvidosa para os fins em vista.

Esclareçamos, então, a questão.

Pelas minhas leituras do jornal de referência, DIE ZEIT, fiquei a saber que a matéria literária dos exames nacionais, este ano na Alemanha, se baseavam numa autora, chamada Julia Zeh, cuja referência cultural e literária nunca me tinha passada pelos olhos.

Obviamente, considerei, à partida, que a falha seria minha, motivo pelo qual tentei recolher informações sobre a autora. Da minha livraria de referência, de Colónia, pouco recolhi, nem o tal romance "Corpus Delicti" aparece nas listas que costumo consultar.

O que tentei saber sobre a matéria do romance é que se trata de uma visão “distópica” sobre o futuro, ou seja, o avesso a uma perspectiva utópica e bela sobre o futuro.

Ao fim do dia, após a leitura da notícia e relembrar-me das minhas provas de exame nacional [Abitur], resta-me uma revolta enorme perante este disparate. Então, não haverá autor, na imensa galeria de escritores alemães, que, com uma qualidade superior a estes escritos de circunstâncias, fizesse pensar os jovens ? Convenhamos, não tenho nada contra a autora e o seu livro. Não me parece é escolha acertada para o fim em vista !

Até sinto vergonha pela falta de qualidade dos órgãos respectivos: Governo federal e estatais.

No entanto, recuso-me a aceitar que é este mundo que queremos, embora se tente impor à viva força uma agenda do imediato e pouco alicerçada numa cultura sólida.

Post de HMJ

Adagiário (?) CCCLXV


 
Volto, com prazer e ciclicamente, a alguns dos livros do escritor minhoto Tomaz de Figueiredo (1902-1970) e nunca dou por mal empregue o tempo que lhe dedico, na leitura. Alguma coisa, quase sempre, aprendo ou reaprendo sobre a língua portuguesa. Uma das suas obras mais folheada é sem dúvida o póstumo Dicionário Falado (1970), onde num anterior prefácio (Novembro de 1968) do autor fui encontrar uma frase que quase parece um provérbio, e a que achei graça. Da página XII, aqui a deixo registada, para que se não perca:

"Tem cada qual a sua maneira de matar pulgas, quem com as unhas não pode, com os dentes acode..."

Comic Relief (160)

 

Há, no mínimo, por aqui umas mãos que não se entendem lá muito bem...

quarta-feira, 17 de abril de 2024

Mercearias Finas 199

 

A predominância da cor branca na foto, se exceptuarmos o vermelho do pimento e do tomate no arroz, mais o dourado do Alvarinho Soalheiro 2022, no interior da garrafa de vinho, poderia indiciar uma refeição neutra ou sensaborona. Puro engano, que o linguado estava fresquíssimo, o arroz bem apaladado e o vinho de Monção, de 12,5º, estava muito bom, embora pudesse esperar mais uns 3 anos, sem se diminuir em qualidade. E, finalmente, a couve-flor não desmereceu.
Foi assim o nosso almoço do passado Domingo, para aqui o recordar e registar, com gosto.

terça-feira, 16 de abril de 2024

As palavras do dia (55)



A diligência e o ritmo da justiça à portuguesa, no seu melhor! 
Mais outra proeza a curto prazo?!...

Bibliofilia 212

 

Estes Elementos da Poetica (1765), colhidos nos clássicos gregos e latinos por Pedro José da Fonseca (1737-1816), constituem a primeira edição desta obra pedagógica, que o professor régio de retórica fez imprimir na Oficina de Miguel Manescal da Costa, em Lisboa. Seguiram-se pelo menos mais duas edições Rolandianas, nos anos de 1781 e 1804. O seu magistério desdobra-se ainda pela publicação de um dicionário de língua portuguesa (1793), um tratado de versificação e por um Lexicon Latini que  contou sete edições.
Encadernada e em muito bom estado, a obra foi adquirida na Livraria Antiga do Carmo, ao alfarrabista José Ferreira, em 1988, por Esc. 1.500$00. Recentemente, a In-Libris tinha um exemplar à venda desta edição original pelo valor de 85 euros.

sábado, 13 de abril de 2024

O desabrochar da Amaryllis



Não veio ainda a tempo do seu encontro inteiro com a Primavera, mas a nossa Amaryllis, da varanda a leste, já se promete em duas frentes, pelo menos, como é costume em Abril, com todo o seu esplendor cromático.

sexta-feira, 12 de abril de 2024

Apontamento 164: Engano de alma + Hipocrisia

Quando li, há pouco tempo, que as embalagens dos medicamentos iriam deixar de ter a indicação do preço, achei um péssimo sinal. O cliente ficava sem nenhuma base para a comparação dos preços praticados pelas farmácias, perante a evidência que essa manipulação do preço existe.

Bem basta a recordação, de há décadas, de uma reunião conspirativa dos cabeças da Associação Nacional das Farmácias, com nomes sonantes, na área de partida do aeroporto de Lisboa, para não acreditar na inocência da medida.

Ora, então, hoje tive a confirmação. Encontrei um medicamento com o preço tapado, com fita, que felizmente consegui retirar sem estragar o registo original. Ficam as imagens entre o antes e depois da medida:



Por outro lado, desde a semana passada, por razão do novo governo, passei a ter umas indicações completamente hipócritas. Primeira medida de compaixão ?

 

No entanto, completamente hipócrita como se pode observar pelo confronto dos valores pagos !

Um aviso à navegação pelo quotidiano enviesado que nos espera, sem dúvida ! Para já fica o alerta !

Post de HMJ

Últimas aquisições (51)



A política de aquisições, cá por casa e nestes últimos meses, tem sofrido uma desacelaração saudável, felizmente, até porque o espaço para colocação de novos livros é já muito exíguo e nem sempre o mais apropriado. As novas leituras têm sido feitas dos volumes em reserva, que ainda são bastantes.
Mas há obras a que não se pode faltar. Em Novembro do ano que passou, centenário do nascimento de Jorge de Sena (1919-1978), a Universidade do Minho organizou o XXI Colóquio de Outono dedicado ao escritor português, tendo convidado vários docentes universitários nacionais e brasileiros para participar.
Algumas das colaborações vieram a integrar este livro Sena Hoje (Edições Colibri, 2023). Destaque para o estudo de abertura da obra, da autoria do catedrático Vítor Aguiar e Silva (1939-2022), no que terá sido, provavelmente, o seu último trabalho de investigação e ensaio - "Jorge de Sena e o conhecimento científico do texto literário".

quarta-feira, 10 de abril de 2024

Pinacoteca Pessoal 202



Poeta e pintora, a norte-americana Kay Sage (1898-1963), no início dos anos vinte viria a fixar-se, com a sua mãe, em Itália; e, mais tarde (1937), na França onde viria a fazer a sua aprendizagem profissional e a casar com um aristocrata italiano, em primeiras núpcias.




Quase toda a sua obra se ressente da ausência da figura humana e os seus quadros marcados pelo surrealismo e pelos grandes espaços de vazio ou arquitectura foram influenciados por Giorgio de Chirico e Yves Tanguy (1900-1955), pintor com quem viria a casar, em segundas núpcias, no ano de 1940, nos Estados Unidos.



terça-feira, 9 de abril de 2024

Apontamento 163: Repensar a cidade

 


Ora, ontem, após um período de recuperação e melhoria na respiração, pensava retomar as minhas saídas, no Chiado e Rossio, etc.

Aproximando-me, de carro, do nosso poiso habitual, olhei em volta e a um centro de cidade transformado em “Disneylândia” e quejando, gentinha, sem rumo, sem eira nem beira, a circular onde eu pensava passar, concluí, mais uma vez, que a vontade de sair acabara naquele momento.

Concluí que a miséria física, cultural, mental e cívica, com que me deparara, anulou todo o meu desejo de passear pelas ruas que, em determinada altura no passado, tanto contribuíram para me enriquecer.

Nem se fala do ruído ensurdecedor, que os turistas julgam ser música e aplaudem, nem do atropelo ao código da estrada pelos TUC TUC, estacionados à balda junto de S. Pedro de Alcântara, ou dos autocarros de turismo que param onde querem, causando longas filas de trânsito pela paragem prolongada à espera de bimbos.

Post de HMJ

Impromptu 74

segunda-feira, 8 de abril de 2024

Osmose 135


Há palavras que nos aproximam das origens ou nos abeiram do essencial, ainda que, a princípio, mal demos por isso, entretidos que estamos à tona do supérfluo. Como há também rostos, às vezes pelas ruas, que nos trazem, por semelhança extrema, boas memórias e presenças impossíveis, por desparecidas.
A imaginação latente é quase sempre agressiva para com a realidade.
E a vida, muitas vezes, parece uma fábula sonhada.
Preciso é pensá-la...

Do que fui lendo por aí... 63

 

Nem sempre os números coincidem entre os diversos relatos históricos, mas é sempre importante termos uma ideia do tamanho e proporção das iniciativas. Citando em abstracto Gomes Eanes de Azurara (1410-1474), J. T. Montalvão Machado refere a envergadura da armada para conquista de Ceuta (Agosto de 1415), na sua obra Dom Afonso, primeiro duque de Bragança (1964), a páginas 152, e nestes termos:

"Espectáculo inédito para os lisboetas, devia ser a partida de aquela numerosa e vistosa armada, que contava entre galés, naus,  fustas e pequenas embarcações, nada menos de 242 unidades, segundo dizem alguns historiadores. Azurara não se pronuncia sobre o número de barcos, nem sobre os efectivos que os ocupavam. Já se disse que embarcaram 50.000 homens, mas alguns autores supõem que não deviam ser mais de 20.000 os expedicionários."

sábado, 6 de abril de 2024

Para que conste

 

Aqui se regista a aparição das 3 primeiras andorinhas que vi este ano, pela manhã de 5/4/2024, no caminho para  a Trafaria, e hoje mais 6 na região outrabandista, em bando primaveril.

Guy Ropartz (1864-1955)

sexta-feira, 5 de abril de 2024

Recomendado: cem

 

O livro acabou de sair, editado em Coimbra - Os Majores de Maio e outros contos de Abril. Como o subtítulo indica são: Ficções de três gerações. Ou não fosse a Família Monteiro, capitaneada pelo Augusto José, meu bom amigo, toda ela criativa, q, b. Filhos e netas ensaiaram a sua prosa sobre o tema candente e merecido do 25 de Abril. E com saudável bom humor.
Fica recomendado o livro!

quinta-feira, 4 de abril de 2024

Curiosidades 104



Não será caso único nas letras francesas, pois também Jean Cocteau produziu desenhos de traço elegante, alguns dos quais ilustraram o Até Amanhã de Eugénio de Andrade, mas os trabalhos pictóricos de Paul Valéry (1871-1945) serão porventura mais escassos e menos conhecidos do grande público.
Valerá a pena, por isso, dar notícia que a Livraria Laurent Coulet (Paris), no seu catálogo 66, incluía uma aguarela do poeta e pensador francês (imagem acima), em jeito de auto-retrato de costas, pelo preço de 750 euros.

(Agradecimentos a H. N.)

quarta-feira, 3 de abril de 2024

Citações CDLXXXVII

 

Não se pode pedir ao artista mais do que aquilo que ele pode dar, nem ao crítico mais do que ele pode ver.

Georges Braque (1882-1963), in Le Jour et la Nuit (1952).